sexta-feira, 19 de junho de 2009

ENTREVISTA

A equipe Biologias entrevistou os professores Cláudia Midori e Marcos, que puderam nos esclarecer um pouco sobre suas experiências em prática de sala de aula, apontando alguns conceitos e metodologias aplicadas para o ensino da Biologia voltado a área de Genética.

Equipe: Durante sua graduação, qual disciplina que mais lhe chamava atenção? Por quê?

Cláudia: Nesse período me interessei muito pela zoologia e pela fisiologia, pois me encantei pelos inúmeros mecanismos que faziam um organismo funcionar e também pela forte interação que havia entre os seus sistemas. Para se compreender a fisiologia de um animal ou de um ser humano, precisamos relacionar informações da química, bioquímica, física e ecologia, entre outras áreas de conhecimento.

Marcos: Anatomia me chamou a atenção pelo fato de nunca ter tido contato direto com partes humanas e tive um excelente professor do qual me espelhei para pôr em prática a minha profissão de educador. Mas Bioquímica e Genética também foram matérias que me interessei.

Equipe: A Biologia é geralmente associada somente à fauna e flora, focando natureza e a interação dos organismos com esta, salientando a Botânica, Zoologia e Ecologia. No senso comum, estudos como a Biologia Molecular, Embriologia, Genética e a Citologia são muitas vezes, totalmente desassociados a Biologia e relacionados somente a Medicina. Como solucionar esse paradoxo e permitir que o aluno construa um pensamento analítico sobre a grande amplitude dos estudos biológicos?

Cláudia: Penso que um aluno que procure um curso de biologia pode até estar, inicialmente, mais interessado nestas questões relacionadas à fauna e flora, pois muitas vezes o ensino médio o direciona a pensar que a biologia se resume a isso. Porém ingressando no curso superior ele se depara com a parte da biologia que não trabalha somente com o ser vivo inteiro, mas sim com partes dele ou mesmo analisando os seus mecanismos de funcionamento desde o nível da célula. Acredito que para que um aluno universitário perceba isso, cabe aos professores dessas matérias menos visadas desenvolverem o conteúdo de modo a relacioná-lo com o todo. Talvez em um curso em que as matérias sejam menos fragmentadas e que haja uma perfeita relação entre todas elas, faça o aluno perceber que todo esse conteúdo está relacionado e que a botânica, a zoologia e principalmente a ecologia são, na verdade, o resultado final de um perfeito funcionamento de tudo, desde a combinação molecular até a perpetuação de uma espécie.

Marcos: O aluno tem que entender os níveis de organização dos seres vivos. Uma boa base de conteúdo, saber a função de cada organismo faz com que o aluno entenda que Biologia está relacionada a tudo.

Equipe: Durante a sua jornada escolar, o aluno é apresentado a inúmeros assuntos nas aulas de Ciências; água; poluição; animais; vegetais; e a composição da atmosfera, são apenas alguns exemplos. Em tese, essa grande amplitude contextual permitiria ao aluno a internalização e associação, desde o átomo constituinte dos gases atmosféricos, a etologia animal na interação com o meio. Aulas práticas, tanto laboratoriais como as de visitações técnicas, ajudariam o estudante a melhor assimilar o conteúdo exposto no livro-texto à vida prática. Todavia, grande parte das escolas, seja estadual ou municipal, não pode arcar com os custos gerados por essas atividades. De que maneira o professor poderia solucionar esse problema?

Cláudia:Uma das formas poderia ser, quando houver disponibilidade, a montagem de aulas práticas simples na própria instituição, havendo tempo e um espaço de uma sala de aula ou uma quadra, algumas vezes podem ser feitas atividades práticas que sejam relacionadas ao conteúdo teórico. Filmes e alguns programas multimídia também podem ajudar, pois muitas vezes a visualização de uma imagem vale mais que muitas palavras.

Marcos: Alguns conteúdos necessitam de um mecanismo a mais do que o teórico. E difícil o aluno entender as estruturas de uma célula sem que o veja. Um laboratório faz toda a diferença nessa hora, mas o professor pode usar de outros recursos. Qualquer lugar, uma sala vazia, um pátio, um fundo de um corredor, qualquer espaço disponível, o professor pode montar o seu laboratório e criar trabalhos que sirvam de modelos para melhor entendimento do aluno.

Equipe: A Biologia é vista por muitos como uma área desinteressante. Como você busca criar o interesse dos alunos dentro da sala de aula?

Cláudia: Não sei se estou enganada, mas não acredito que seja uma área desinteressante para uma boa parte dos alunos (é claro que há quem tenha afinidade e outros que não gostem nem um pouco, assim como nas outras áreas). De qualquer forma, para despertar o interesse dos alunos, procuro sempre relacionar os conteúdos com situações do cotidiano em que esse conhecimento se torne importante. Acredito que, para qualquer que seja o conteúdo ensinado, se o aluno não vê utilidade no que está aprendendo, não se esforça para aprender.

Marcos: O aluno tem que saber da importância do lugar onde vive e de como o organismo funciona. Não adianta chegar à sala de aula, jogar o conteúdo na lousa e esperar que os alunos se interessem pelo que vêm. O professor tem que chamar a atenção do aluno e desapertar a curiosidade do mesmo, só assim o aluno se interessara pela Biologia.

Equipe: Em sua opinião, qual o assunto da Biologia de maior complexidade a ser explicado em uma sala de aula?

Cláudia: Talvez não seja o mais complexo, porém acho que o mais importante e difícil de ser ensinado (digo, bem ensinado) é a citologia, pois esta é uma matéria dada logo no início do ensino médio, quando o aluno ainda está muito imaturo. Desse modo ele não compreende bem o que está aprendendo e tudo passa a ser uma “decoreba”, porém se esse conteúdo não foi bem assimilado, ele terá dúvidas na genética, na fisiologia, na botânica, na zoologia, entre outras...

Marcos: Ciclo de Krebs sem dúvida é o mais difícil. Você precisa ter paciência e usar todos os recursos possíveis para que o aluno entenda o conteúdo. Fisiologia vegetal também é difícil, mas nada se compara ao ciclo [risos].

Equipe: Qual a importância do ensino, mesmo que breve, da Genética dentro da sala de aula no Ensino Médio?

Cláudia: As aulas de genética fazem o aluno compreender os mecanismos de transmissão das características hereditárias, mesmo que superficialmente.

Marcos: Você chega para a sala e pergunta: Você não gosta do seu nariz, orelha, olhos? Não se culpe, você não tem nada a ver com isso, culpe seus pais afinal a recombinação de seus genes fez você sair assim. Uma brincadeira assim faz o aluno se interessar e se perguntar como que através da recombinação de seus pais o fizeram ter essas características. O conteúdo é amplo e o aluno tem que entender a cada fase, os seus processos. Uma aula dinâmica é fundamental. Aplico vários trabalhos como jogos, por exemplo, para que o aluno olhe para si e para os outros e entenda como funciona o organismo através das recombinações.

Equipe: Muitos ex-alunos quando questionados sobre as aulas de Genética, ministradas dentro da grade curricular de Biologia, lembram dos “quadradinhos de AaBb”. O quadro de Punnet pode ser considerado ferramenta essencial para a apresentação do conteúdo de Genética em uma sala de aula do Ensino Médio? Há alguma outra abordagem didática (jogos, dinâmicas) para apresentar esse conteúdo?

Cláudia: O quadro de Punnet é uma maneira simplificada de abordar o tema, porém é bem distante do que realmente acontece (separação dos pares de homólogos e posterior junção dos cromossomos na fecundação) e por isso os alunos não relacionam que o que está na primeira linha e na primeira coluna do quadro são os gametas que podem ter se formado de acordo com as possíveis separações dos pares de cromossomos homólogos do macho e da fêmea . Há alguns jogos e dinâmicas que conheço que exemplificam o ocorrido, mas que no final recaem no mesmo esquema de sempre.

Marcos: O quadro é sim essencial, mas a Genética vai muito além disso. Se ele entendeu o AaBb significa que conhece as recombinações genéticas o que já é um bom começo. Como o conteúdo e complicado do aluno entender, a matéria exige do professor uma forma de facilitar o aprendizado. Brincadeiras e trabalhos ajudam muito no ensino.

Equipe: Quando é abordado o processo de descrição do DNA, alguns alunos se confundem com as funções exercidas pelo rRNA, mRNA e tRNA. Como esse tema é abordado nas suas aulas?

Cláudia: Quando dou aulas sobre núcleo celular, primeiro falo sobre o DNA explicando a sua importância e a sua constituição. Na sequencia falo da duplicação do DNA. O RNA é abordado mais tarde e depois de explicada a diferença entre as moléculas de DNA e RNA, explico o mecanismo de síntese protéica, apresentando os diferentes tipos de RNA e sua função dentro do processo. Nesse momento sempre ajuda se a escola oferece algum recurso audiovisual que auxilie a compreensão do processo.

Marcos: Modelos didáticos ajudam muito, só com o conteúdo teórico fica difícil o entendimento da função de um DNA. Nas minhas aulas eu crio junto com os alunos alguns trabalhos para melhor absorção sobre o assunto. O aluno aprende mais quando o conteúdo é palpável, algo que eles possam tocar para ter uma dimensão de como funciona, por isso crio sempre modelos didáticos.

Equipe: Nas suas aulas há alguma atividade prática (palestras, seminários, exposições) que envolva genética? Como ela é desenvolvida?

Cláudia: Na escola que trabalho, por se tratar de uma escola que visa a formação técnica, a quantidade de aulas semanais de biologia é muito pequena. No terceiro ano, quando a genética é abordada, por uma questão de bom senso, não programamos atividades fora do horário da aula, pois é esperado que os alunos estejam fazendo estágio nesse período. Por isso, raramente desenvolvemos tais atividades, o máximo que faço é orientar para que o aluno vá a alguma exposição.

Marcos: Sim, quando possível às aulas de laboratório para esfregaço sanguíneo e coagulação do sangue. Criação de modelos de DNA de isopor. Demonstração de cromossomos e genes através de trabalhos elaborados com caixa de sapatos e objetos como nariz, peruca, orelhas de plástico.

Equipe: Qual dica você daria para os alunos que estão em dúvida sobre o futuro acadêmico, sem saber qual área escolher? E como apresentaria a área da Biologia?

Cláudia: Aconselharia que eles delimitassem algumas áreas de interesse e que conversassem com os profissionais relacionados e até, se possível, que vivenciassem um período de estágio ou mesmo só de acompanhamento de algum profissional.
Uma outra dica é visitar as faculdades e conversar com os alunos, ver a infraestrutura, visitar os laboratórios, conversar com alguns professores e simplesmente sentir o ambiente. Algumas vezes a simples afinidade pelo ambiente e o fato de se identificar com os alunos já diz muita coisa (afinal cada curso, em geral, tem um perfil e um público diferente)!
A área da biologia seria para pessoas que entendem a real importância de cada pequena parte no nosso planeta, pois cada molécula, cada tipo celular, cada reação dentro de um organismo, cada interação entre grupos celulares, cada órgão, cada sistema, cada organismo,.... enfim, tudo está relacionado e a interferência em qualquer um dos pontos dessa enorme rede altera positiva ou negativamente todo o resto!

Marcos: Você quer que seu final de domingo seja bom? Que sua segunda feira seja sempre maravilhosa? Então faça o que goste. Já pensou acordar segunda feira para trabalhar numa coisa que você não gosta? Vai viver de mau humor. Algumas pessoas seguem os conselhos dos pais e acatam com a decisão deles, mas você tem que entender que um dia eles partirão e você irá ficar sozinho e infeliz por viver uma vida que não desejou. Não é bom para ninguém, você tem que trilhar o seu caminho independente da profissão que escolher. A Biologia está em você e é o sentido da vida.

Professora: Cláudia Midori Kuribara de Carvalho
Graduação: Instituto de Biociências da USP
Pós-graduação (mestrado): Mestrado em Fisiologia Geral - Instituto de Biociências da USP
Tempo de experiência em sala de aula: 11 anos


Professor: Marcos
Graduação: Licenciatura e Bacharelado na Universidade São Judas Tadeu
Tempo de experiência em sala de aula: 25 anos

quinta-feira, 16 de abril de 2009

EXTRAÇÃO DE DNA DO TOMATE

Esta aula propõe uma estratégia didática para a experimentação de química em escolas de ensino Médio, associando métodos de extração, efeito de detergentes, interações iônicas e solubilidade. No entanto, cabe ressaltar que, embora ilustrativo, o procedimento realizado proporciona a obtenção de uma quantidade de DNA impuro. A extração de DNA pode ser realizada a partir de outros alimentos como: cebola, kiwi, morango e fígado, utilizando-se procedimento semelhante.


MATERIAL

• 1 tomate
• Cloreto de sódio (4 g equivalente a 4 colheres de café)
• Água
• Etanol 96% (álcool etílico comercial; como alternativa pode ser utilizado também álcool de cereais (99%) encontrado em lojas de produtos para perfumaria e farmácias de manipulação)
• Detergente comercial (6 mL)
• Gelo (4 a 5 bandejas)
• Papel de filtro
• Bandeja plástica (para fazer banho de gelo)
• Faca
• Funil
• Béquer de 500 mL
• Béquer de 100 mL
• Termômetro
• Tubos de ensaio
• Tripé e tela de amianto
• Mixer ou liquidificador


PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Em um béquer de 500 mL, picar o tomate com uma faca e depois triturá-lo, utilizando um mixer durante 10 s.
Em um béquer de 100 mL, preparar a solução de lise: 6 mL de detergente concentrado, 4 g de cloreto de sódio, completando o volume com água até 60 mL.
Adicionar a solução de lise (60 mL) ao béquer de 500 mL contendo o tomate triturado.
Homogeneizar a solução de lise com a polpa de tomate e colocar o béquer em banho-maria
(55 °C) por 10 min, cuidando para que a solução não entre em fervura.
Preparar um banho de gelo em uma bandeja.
Após os 10 min de banho-maria, transferir o béquer para o banho de gelo por um período de 5 min.
Filtrar 4 mL da solução para um tubo de ensaio. Adicionar 4 mL de etanol gelado ao tubo de ensaio. Durante a adição do etanol, observar atentamente o que ocorre no tubo.


Figura : Etapas realizadas para a extração do DNA do tomate: a) processo de trituração; b) adição de solução de lise; c) aquecimento; d) choque térmico; e) filtração; f) separação de fases (adição de etanol gelado); e g) precipitação do DNA.


REFERÊNCIA

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Nº 25, MAIO 2007

terça-feira, 14 de abril de 2009

Música para Genética

Crianças e Adolescentes tem uma grande facilidade em absorver letras de músicas, para isso algumas músicas famosas foram "modificadas" e adaptadas para as aulas de genética com o intuito dos alunos absorverem o conteudo com mais facilidade.


Herança das meninas portadoras

(Na melodia de “Xote das Meninas”, de Luiz Gonzaga)

Toda herança que se diz ligada ao sexo / Bem que depende ter no X a ligação
Passa da mãe para o filho com certeza / Mas do pai para o filho já não pode passar não
Isto acontece com a tal hemofilia / Daltonismo é bem citado
Nessa tal situação
Se a mãe tiver ..no X tem que passar / Para o filho... que deve expressar
Enquanto isso... o pai sem nada / Produz uma prole sem herança cruzada
E nesse caso é bom pra toda filharada
Pois não tendo a doença, já não vai ser herdada
Se’é na mulher...ela pode portar / E toda filharada até que pode herdar
Mas isso tudo não elimina / Que X no pai portado repasse pra menina
Um gene na verdade que traga a sua sina
Da herança cruzada que o mestre lhe ensina
Se’é na mulher...ela pode portar / E toda filharada até que pode herdar


O balance dos genes

(na melodia de “O balancê”, de Gal Costa)

Ô balancê, balance / Quero estudar com você
Preste atençã..ão e venha aprender

Ô balancê, balancê

Quando o ser vivo repassa / O gene que ninguém vê
No descendente registra a raça / Conforme o que lhe provê

O balancê, balancê

Deixa eu passar pra você / Como o domínio dos genes se passa

No balancê, balancê

Passando ao filho ou a filha / Gene dominante se crê
Que recessivo não surge na trilha

Do balancê, balancê

É dominância completa / Alelo eu quero dizer
Domina o outro, sem ser dominado

No balancê, balancê
Ô balancê, balance / Quero estudar com você

Preste atençã..ão e venha aprender

Ô balancê, balancê

Também ocorrrem uns casos / Sem dominância haver
Os dois alelos se representados / Híbrido tem pra se ver
É dominância incompleta / No caso da Maravilha
Branca, vermelha, e rosa na filha

No balancê, balancê

Tem casos que a igualdade / Da expressão bem se vê
Codominância, sistema ABO / Expressa no sangue AB

Ô balancê, balancê

Você encerrar pra você
Dizendo leia e faça exercícios
Para Genétic’aprender


Genes ligados, mas nem tanto

(Na melodia de “De repente Califórnia”, de Lulu Santos)

Oi turma, eu vou pra ligaçã..ão / Dos genes num só cromossomo
É diferente quando estã.ão / em outra localização
Se estiverem bem pertinho / Se juntam na segregaçã..ão
Para falar tudo certinho / Não dá pra recombinação
Mas se estiverem afastados / Serão com certeza...recombinados
E os tipos sendo segregados / Serão diferenciados
Se’em homólogo persiste
Dois genes puros dominantes / A posição em “cis” existe
Podem estar bem confiantes
Por outro lado, se os genes / No grupo ligado, azão e bezinho
A posição é diferente...irmão
É “trans” e dá repulsão
O crossing-over quando ocorre / Promove recombinação
Vai definindo deste modo / E dando outra proporção
Mas para isso é preciso
Que genes ligados...estejam distantes
Para que possam ser formados
Gametas recombinantes

Referência Bibliográfica:
(http://www.cb.ufrn.br/conteudo/departamentos/dbg/musicas.html)

Montando um Cromossomo

Uma das principais dificuldades dos alunos nas aulas de Biologia é a compreensão de conceitos genéticos. Entre as principais dificuldades, podemos apontar o entendimento sobre a estrutura e dinâmica dos cromossomos. Qual a relação entre os conceitos de gene, alelos, cromossomo, cromatina, cromátide?
Podemos proporcionar aos alunos uma metodologia de ensino alternativa para o ensino de Genética em sala-de-aula, através da construção de um modelo simples e barato que permita trabalhar os conceitos relacionados à estrutura e dinâmica dos cromossomos durante o ciclo celular.
Esse modelo deverá facilitar o entendimento desses conceitos pelos alunos. Como cada aluno construirá seu próprio cromossomo e trabalhará com ele ao longo do curso, o modelo também facilitará a identificação de possíveis erros conceituais do aluno pelo professor.


Montando um Cromossomo

MATERIAL:
Canudos de plástico (diversas cores), que apresentem uma dobradiça na sua região central.

OBS: Deve ser de cores com tonalidades parecidas, como:
AZUL escuroAZUL claro;
AMARELO escuroAMARELO claro;
VERMELHO escuroVERMELHO claro;
VERDE escuroVERDE claro ;



• Palitos de madeira para churrasco;

• Papel ofício;

• Cola plástica;

• Tesoura;

• Canetas hidrocor;

• Fita dupla-face ou velcro.

• Régua.

MONTANDO O CROMOSSOMO
- Cortar os canudinhos em pedacinhos de vários tamanhos e cores dependendo do número dos genes a serem representados.
- Usar pedaços de canudinhos brancos para identificar as regiões da molécula de DNA não-codificadora. Isto é, regiões onde não há genes.
- Inserir esses pedaços de canudos em palitos de churrasco. Esses devem ter a mesma espessura (bitola) dos canudos para entrar pressionados.
- Quando esquematizar cromossomos homólogos, utilizar as mesmas cores com tonalidades diferentes, para os genes alelos diferentes e tonalidades iguais para genes alelos iguais.
- O centrômero será esquematizado utilizando-se as dobras sanfonadas dos canudos. Retire um segmentos sanfonado e faça um talho. Cole na região oposta ao talho um pedacinho de fita dupla-face ou velcro.Encaixe o segmento no palito que representa a cromátide. Escolha a posição do centrômero.


É importante lembrar que esse é um modelo didático simplificado e não reflete exatamente a estrutura e organização dos cromossomos. Quando necessário, o professor pode deixar claro para o aluno que simplificações foram feitas.


PROPOSTA PARA DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

Duplicação dos cromossomos durante a fase S da interfase
Nessa fase há a duplicação do DNA e cada cromossomo passa a ser constituído por duas cromátides (cromátides-irmãs), ligadas pela região do centômero. Note que as cromátides-irmãs possuem alelos idênticos, pois são fruto da duplicação do DNA.É Importante ter o cuidado para que as cromátides-irmãs tenham o mesmo número de genes (pedacinhos de canudos) e nas mesmas cores. Essas duas cromátides devem estar ligadas pelos centrômeros (segmentos sanfonados colados através da fita ou velcro).

· Conceitos que poderão ser trabalhados com o modelo:


- Diferença entre o cromossomo simples (apenas uma cromátide) e o cromossomo duplicado (duas cromátides)- Cromátides-irmãs (mesmo cromosomo) e cromátides não-irmãs (entre cromossomos homólogos).





- Visualizar genes localizados no mesmo cromossomo (genes ligados) e genes em cromossomos diferentes.- Trabalhar o conceito de segregação independente (2ª. Lei de Mendel) para genes localizados em cromossomos diferentes.- Trabalhar a relação da distância entre os genes localizados no mesmo cromossomo e os mapas gênicos.


Conceitos que poderão ser trabalhados com o modelo:
►Diferença no comportamento dos cromossomos durante a Mitose e a Meiose.
►Permuta (ou crossing-over) durante a Prófase I da meiose.

Esta atividade pode ser aplicada para alunos do 3° Ano do Ensino Médio.

Referência Bibliográfica:

http://www.ccmn.ufrj.br/curso/trabalhos/PDF/biologia-trabalhos/genetica/genetica4.pdf

Revisando e Fixando Conceitos de Genética

Por meio desta atividade será possivel desenvolver o espírito crítico e competitivo, o respeito mútuo e a fixação do conteúdo com maior facilidade.
A utilização de jogos de memória como ferramenta pedagógica é uma ótima opção para auxiliar na revisão e/ou fixação dos diversos assuntos abordados durante as aulas.
A prática demonstrada abaixo é uma opção didática que fornece aos estudantes uma associação mais ampla de vários tópicos da Genética, como alternativa didática para compreensão e fixação de conceitos de
Genética.


Objetivo:

Esta prática tem como finalidade auxiliar no aprendizado
dos conceitos referentes à Genética.

Foco de Aplicação:

Alunos do ensino Médio

Materiais:

- Papel cartão (cartolina)
- Cola
- Tesoura
- Régua
- Lista com Diversos temas de Genética (previamente pesquisados) onde as palavras e conceitos estejam relacionados em pares (quadro)

Sugestão de palavras e conceitos:



Métodos:

A partir de uma cópia da lista, recortam-se os conceitos e os respectivos significados colando-os em cartões de 6 cm x 6 cm confeccionados de papel-cartão. A lista original serve de apoio para tirar dúvidas durante o jogo.
Número de participantes: cinco, sendo que quatro jogam e um fica com a lista de “tira dúvidas” para verificar se as associações foram feitas corretamente. O jogo contém 20 pares de cartões (número que pode variar em função da quantidade de conceitos abordados) com temas referentes à Genética. Esses cartões são virados e embaralhados sobre a mesa. O primeiro jogador vira um cartão e tenta achar seu significado, virando um outro cartão. Se encontrar o significado correto, tem direito a mais uma jogada; se não encontrar, aguarda sua próxima vez. A turma e o Avaliador (que está com o “tira dúvidas”) discutem sobre os acertos e os erros ocorridos durante o jogo. Vence quem no final apresentar o maior número de pares de cartões com as palavras e significados correspondentes.

Referência Bibliográfica:

Genética na Escola
01.02, 51-53 (2006)
http://www.sgb.org.br/




sexta-feira, 3 de abril de 2009

Montagem da Dupla Hélice do DNA feita em bala de goma

Sabe quando você precisa explicar sobre DNA, Nucleotídeos, RNA, Códon e todas as informações necessárias para se entender sobre gene e cromossomo????
Pois sim, às vezes, não contamos com um livro didático ‘tão’ didático assim. Muitas vezes não há figuras ou então, são confusas.
Essa prática para montagem da fita helicoidal do DNA é fácil, de simples montagem e muito prática.


Objetivo:

Exemplificar com um modelo didático a forma da fita de DNA e seus nucleotídeos.


Foco de aplicação:

Alunos do ensino Médio


Materiais:

2 pedaços de arame de espessura média com aprox. 40cm.
20 a 25 pedaços de arame de espessura média ou fina com aprox. 7cm.
Balas de Goma em 4 cores diferentes


Métodos

Antes de começar a montagem, faça pares com as balas de goma, por exemplo, as vermelhas serão pares das roxas e as amarelas, das laranjas.
Feito isso, comece espetando as balas de goma, alternando aleatoriamente as cores, em um dos arames de aproximadamente 40 cm, deixando um espaço entre elas de 3cm.
Após preencher todo arame com as balas, pegue o outro arame e repita o mesmo procedimento, mas ATENÇÃO: agora você colocará no novo arame as balas que formam pares com as outras perfuradas no primeiro arame. Exemplo: Se você começou o primeiro arame com a cor laranja seguida da roxa, no arame novo, você começará com a amarela seguida da vermelha.
Após preencher os dois arames é hora de uni-los.
Com os arames menores, comece a juntar os dois arames mais longos perfurando as balas de gomas que formam pares. (Por isso a necessidade da perfuração fazendo os pares ^.^). Logo, se seguirmos o exemplo da perfuração temos, a bala laranja junta à amarela e a bala roxa, junto à vermelha.
Depois de juntar os respectivos pares, teremos as colunas juntas e retas.
Para fazer a forma helicoidal, com cuidado, torça as duas extremidades em direção oposta. Movimento semelhante a quando embalamos uma bala.
Caso alguns dos arames menores se soltem, não há problemas, continue a entorse até obter a forma helicoidal. Depois, é só prender os arames menores novamente.

Referência: www.coopeji.com.br


sexta-feira, 13 de março de 2009

Juntando os núcleos haplóides

Como este é nosso primeiro post, juntaremos os núcleos haplóides, para juntos formarmos um "organismo" didático, atual e cheio de dicas.


Espero que todos aproveitem!


EQUIPE BIOLOGIAS