quinta-feira, 16 de abril de 2009

EXTRAÇÃO DE DNA DO TOMATE

Esta aula propõe uma estratégia didática para a experimentação de química em escolas de ensino Médio, associando métodos de extração, efeito de detergentes, interações iônicas e solubilidade. No entanto, cabe ressaltar que, embora ilustrativo, o procedimento realizado proporciona a obtenção de uma quantidade de DNA impuro. A extração de DNA pode ser realizada a partir de outros alimentos como: cebola, kiwi, morango e fígado, utilizando-se procedimento semelhante.


MATERIAL

• 1 tomate
• Cloreto de sódio (4 g equivalente a 4 colheres de café)
• Água
• Etanol 96% (álcool etílico comercial; como alternativa pode ser utilizado também álcool de cereais (99%) encontrado em lojas de produtos para perfumaria e farmácias de manipulação)
• Detergente comercial (6 mL)
• Gelo (4 a 5 bandejas)
• Papel de filtro
• Bandeja plástica (para fazer banho de gelo)
• Faca
• Funil
• Béquer de 500 mL
• Béquer de 100 mL
• Termômetro
• Tubos de ensaio
• Tripé e tela de amianto
• Mixer ou liquidificador


PROCEDIMENTO EXPERIMENTAL

Em um béquer de 500 mL, picar o tomate com uma faca e depois triturá-lo, utilizando um mixer durante 10 s.
Em um béquer de 100 mL, preparar a solução de lise: 6 mL de detergente concentrado, 4 g de cloreto de sódio, completando o volume com água até 60 mL.
Adicionar a solução de lise (60 mL) ao béquer de 500 mL contendo o tomate triturado.
Homogeneizar a solução de lise com a polpa de tomate e colocar o béquer em banho-maria
(55 °C) por 10 min, cuidando para que a solução não entre em fervura.
Preparar um banho de gelo em uma bandeja.
Após os 10 min de banho-maria, transferir o béquer para o banho de gelo por um período de 5 min.
Filtrar 4 mL da solução para um tubo de ensaio. Adicionar 4 mL de etanol gelado ao tubo de ensaio. Durante a adição do etanol, observar atentamente o que ocorre no tubo.


Figura : Etapas realizadas para a extração do DNA do tomate: a) processo de trituração; b) adição de solução de lise; c) aquecimento; d) choque térmico; e) filtração; f) separação de fases (adição de etanol gelado); e g) precipitação do DNA.


REFERÊNCIA

QUÍMICA NOVA NA ESCOLA Nº 25, MAIO 2007

terça-feira, 14 de abril de 2009

Música para Genética

Crianças e Adolescentes tem uma grande facilidade em absorver letras de músicas, para isso algumas músicas famosas foram "modificadas" e adaptadas para as aulas de genética com o intuito dos alunos absorverem o conteudo com mais facilidade.


Herança das meninas portadoras

(Na melodia de “Xote das Meninas”, de Luiz Gonzaga)

Toda herança que se diz ligada ao sexo / Bem que depende ter no X a ligação
Passa da mãe para o filho com certeza / Mas do pai para o filho já não pode passar não
Isto acontece com a tal hemofilia / Daltonismo é bem citado
Nessa tal situação
Se a mãe tiver ..no X tem que passar / Para o filho... que deve expressar
Enquanto isso... o pai sem nada / Produz uma prole sem herança cruzada
E nesse caso é bom pra toda filharada
Pois não tendo a doença, já não vai ser herdada
Se’é na mulher...ela pode portar / E toda filharada até que pode herdar
Mas isso tudo não elimina / Que X no pai portado repasse pra menina
Um gene na verdade que traga a sua sina
Da herança cruzada que o mestre lhe ensina
Se’é na mulher...ela pode portar / E toda filharada até que pode herdar


O balance dos genes

(na melodia de “O balancê”, de Gal Costa)

Ô balancê, balance / Quero estudar com você
Preste atençã..ão e venha aprender

Ô balancê, balancê

Quando o ser vivo repassa / O gene que ninguém vê
No descendente registra a raça / Conforme o que lhe provê

O balancê, balancê

Deixa eu passar pra você / Como o domínio dos genes se passa

No balancê, balancê

Passando ao filho ou a filha / Gene dominante se crê
Que recessivo não surge na trilha

Do balancê, balancê

É dominância completa / Alelo eu quero dizer
Domina o outro, sem ser dominado

No balancê, balancê
Ô balancê, balance / Quero estudar com você

Preste atençã..ão e venha aprender

Ô balancê, balancê

Também ocorrrem uns casos / Sem dominância haver
Os dois alelos se representados / Híbrido tem pra se ver
É dominância incompleta / No caso da Maravilha
Branca, vermelha, e rosa na filha

No balancê, balancê

Tem casos que a igualdade / Da expressão bem se vê
Codominância, sistema ABO / Expressa no sangue AB

Ô balancê, balancê

Você encerrar pra você
Dizendo leia e faça exercícios
Para Genétic’aprender


Genes ligados, mas nem tanto

(Na melodia de “De repente Califórnia”, de Lulu Santos)

Oi turma, eu vou pra ligaçã..ão / Dos genes num só cromossomo
É diferente quando estã.ão / em outra localização
Se estiverem bem pertinho / Se juntam na segregaçã..ão
Para falar tudo certinho / Não dá pra recombinação
Mas se estiverem afastados / Serão com certeza...recombinados
E os tipos sendo segregados / Serão diferenciados
Se’em homólogo persiste
Dois genes puros dominantes / A posição em “cis” existe
Podem estar bem confiantes
Por outro lado, se os genes / No grupo ligado, azão e bezinho
A posição é diferente...irmão
É “trans” e dá repulsão
O crossing-over quando ocorre / Promove recombinação
Vai definindo deste modo / E dando outra proporção
Mas para isso é preciso
Que genes ligados...estejam distantes
Para que possam ser formados
Gametas recombinantes

Referência Bibliográfica:
(http://www.cb.ufrn.br/conteudo/departamentos/dbg/musicas.html)

Montando um Cromossomo

Uma das principais dificuldades dos alunos nas aulas de Biologia é a compreensão de conceitos genéticos. Entre as principais dificuldades, podemos apontar o entendimento sobre a estrutura e dinâmica dos cromossomos. Qual a relação entre os conceitos de gene, alelos, cromossomo, cromatina, cromátide?
Podemos proporcionar aos alunos uma metodologia de ensino alternativa para o ensino de Genética em sala-de-aula, através da construção de um modelo simples e barato que permita trabalhar os conceitos relacionados à estrutura e dinâmica dos cromossomos durante o ciclo celular.
Esse modelo deverá facilitar o entendimento desses conceitos pelos alunos. Como cada aluno construirá seu próprio cromossomo e trabalhará com ele ao longo do curso, o modelo também facilitará a identificação de possíveis erros conceituais do aluno pelo professor.


Montando um Cromossomo

MATERIAL:
Canudos de plástico (diversas cores), que apresentem uma dobradiça na sua região central.

OBS: Deve ser de cores com tonalidades parecidas, como:
AZUL escuroAZUL claro;
AMARELO escuroAMARELO claro;
VERMELHO escuroVERMELHO claro;
VERDE escuroVERDE claro ;



• Palitos de madeira para churrasco;

• Papel ofício;

• Cola plástica;

• Tesoura;

• Canetas hidrocor;

• Fita dupla-face ou velcro.

• Régua.

MONTANDO O CROMOSSOMO
- Cortar os canudinhos em pedacinhos de vários tamanhos e cores dependendo do número dos genes a serem representados.
- Usar pedaços de canudinhos brancos para identificar as regiões da molécula de DNA não-codificadora. Isto é, regiões onde não há genes.
- Inserir esses pedaços de canudos em palitos de churrasco. Esses devem ter a mesma espessura (bitola) dos canudos para entrar pressionados.
- Quando esquematizar cromossomos homólogos, utilizar as mesmas cores com tonalidades diferentes, para os genes alelos diferentes e tonalidades iguais para genes alelos iguais.
- O centrômero será esquematizado utilizando-se as dobras sanfonadas dos canudos. Retire um segmentos sanfonado e faça um talho. Cole na região oposta ao talho um pedacinho de fita dupla-face ou velcro.Encaixe o segmento no palito que representa a cromátide. Escolha a posição do centrômero.


É importante lembrar que esse é um modelo didático simplificado e não reflete exatamente a estrutura e organização dos cromossomos. Quando necessário, o professor pode deixar claro para o aluno que simplificações foram feitas.


PROPOSTA PARA DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE

Duplicação dos cromossomos durante a fase S da interfase
Nessa fase há a duplicação do DNA e cada cromossomo passa a ser constituído por duas cromátides (cromátides-irmãs), ligadas pela região do centômero. Note que as cromátides-irmãs possuem alelos idênticos, pois são fruto da duplicação do DNA.É Importante ter o cuidado para que as cromátides-irmãs tenham o mesmo número de genes (pedacinhos de canudos) e nas mesmas cores. Essas duas cromátides devem estar ligadas pelos centrômeros (segmentos sanfonados colados através da fita ou velcro).

· Conceitos que poderão ser trabalhados com o modelo:


- Diferença entre o cromossomo simples (apenas uma cromátide) e o cromossomo duplicado (duas cromátides)- Cromátides-irmãs (mesmo cromosomo) e cromátides não-irmãs (entre cromossomos homólogos).





- Visualizar genes localizados no mesmo cromossomo (genes ligados) e genes em cromossomos diferentes.- Trabalhar o conceito de segregação independente (2ª. Lei de Mendel) para genes localizados em cromossomos diferentes.- Trabalhar a relação da distância entre os genes localizados no mesmo cromossomo e os mapas gênicos.


Conceitos que poderão ser trabalhados com o modelo:
►Diferença no comportamento dos cromossomos durante a Mitose e a Meiose.
►Permuta (ou crossing-over) durante a Prófase I da meiose.

Esta atividade pode ser aplicada para alunos do 3° Ano do Ensino Médio.

Referência Bibliográfica:

http://www.ccmn.ufrj.br/curso/trabalhos/PDF/biologia-trabalhos/genetica/genetica4.pdf

Revisando e Fixando Conceitos de Genética

Por meio desta atividade será possivel desenvolver o espírito crítico e competitivo, o respeito mútuo e a fixação do conteúdo com maior facilidade.
A utilização de jogos de memória como ferramenta pedagógica é uma ótima opção para auxiliar na revisão e/ou fixação dos diversos assuntos abordados durante as aulas.
A prática demonstrada abaixo é uma opção didática que fornece aos estudantes uma associação mais ampla de vários tópicos da Genética, como alternativa didática para compreensão e fixação de conceitos de
Genética.


Objetivo:

Esta prática tem como finalidade auxiliar no aprendizado
dos conceitos referentes à Genética.

Foco de Aplicação:

Alunos do ensino Médio

Materiais:

- Papel cartão (cartolina)
- Cola
- Tesoura
- Régua
- Lista com Diversos temas de Genética (previamente pesquisados) onde as palavras e conceitos estejam relacionados em pares (quadro)

Sugestão de palavras e conceitos:



Métodos:

A partir de uma cópia da lista, recortam-se os conceitos e os respectivos significados colando-os em cartões de 6 cm x 6 cm confeccionados de papel-cartão. A lista original serve de apoio para tirar dúvidas durante o jogo.
Número de participantes: cinco, sendo que quatro jogam e um fica com a lista de “tira dúvidas” para verificar se as associações foram feitas corretamente. O jogo contém 20 pares de cartões (número que pode variar em função da quantidade de conceitos abordados) com temas referentes à Genética. Esses cartões são virados e embaralhados sobre a mesa. O primeiro jogador vira um cartão e tenta achar seu significado, virando um outro cartão. Se encontrar o significado correto, tem direito a mais uma jogada; se não encontrar, aguarda sua próxima vez. A turma e o Avaliador (que está com o “tira dúvidas”) discutem sobre os acertos e os erros ocorridos durante o jogo. Vence quem no final apresentar o maior número de pares de cartões com as palavras e significados correspondentes.

Referência Bibliográfica:

Genética na Escola
01.02, 51-53 (2006)
http://www.sgb.org.br/




sexta-feira, 3 de abril de 2009

Montagem da Dupla Hélice do DNA feita em bala de goma

Sabe quando você precisa explicar sobre DNA, Nucleotídeos, RNA, Códon e todas as informações necessárias para se entender sobre gene e cromossomo????
Pois sim, às vezes, não contamos com um livro didático ‘tão’ didático assim. Muitas vezes não há figuras ou então, são confusas.
Essa prática para montagem da fita helicoidal do DNA é fácil, de simples montagem e muito prática.


Objetivo:

Exemplificar com um modelo didático a forma da fita de DNA e seus nucleotídeos.


Foco de aplicação:

Alunos do ensino Médio


Materiais:

2 pedaços de arame de espessura média com aprox. 40cm.
20 a 25 pedaços de arame de espessura média ou fina com aprox. 7cm.
Balas de Goma em 4 cores diferentes


Métodos

Antes de começar a montagem, faça pares com as balas de goma, por exemplo, as vermelhas serão pares das roxas e as amarelas, das laranjas.
Feito isso, comece espetando as balas de goma, alternando aleatoriamente as cores, em um dos arames de aproximadamente 40 cm, deixando um espaço entre elas de 3cm.
Após preencher todo arame com as balas, pegue o outro arame e repita o mesmo procedimento, mas ATENÇÃO: agora você colocará no novo arame as balas que formam pares com as outras perfuradas no primeiro arame. Exemplo: Se você começou o primeiro arame com a cor laranja seguida da roxa, no arame novo, você começará com a amarela seguida da vermelha.
Após preencher os dois arames é hora de uni-los.
Com os arames menores, comece a juntar os dois arames mais longos perfurando as balas de gomas que formam pares. (Por isso a necessidade da perfuração fazendo os pares ^.^). Logo, se seguirmos o exemplo da perfuração temos, a bala laranja junta à amarela e a bala roxa, junto à vermelha.
Depois de juntar os respectivos pares, teremos as colunas juntas e retas.
Para fazer a forma helicoidal, com cuidado, torça as duas extremidades em direção oposta. Movimento semelhante a quando embalamos uma bala.
Caso alguns dos arames menores se soltem, não há problemas, continue a entorse até obter a forma helicoidal. Depois, é só prender os arames menores novamente.

Referência: www.coopeji.com.br